O todo é definitivamente muito maior do que a soma das partes. A automação leva o conceito de sinergia à sua expressão mais plena.
Porque é verdade que um projeto de RPA (robotic process automation) produz inúmeras vantagens para as empresas: basta pensar nos aumentos de produtividade e precisão dos processos, na maior precisão, na redução de erros de papel e humanos ou nas melhorias que podem ser geradas na experiência dos clientes ou colaboradores internos.
Mas quando a automação se torna parte da estratégia, o efeito multiplicador é notável: à medida que ganha força e se espalha por toda a organização, o valor agregado aumenta. Os seres humanos se dedicam a fazer o que fazem de melhor (desde melhorar problemas e realizar análises até projetar novos produtos e serviços para atender ou antecipar a demanda, abrir novos mercados) e todas as tarefas repetitivas, tediosas e altamente propensas a erros deixam de ser uma preocupação diária.
O que pode ser automatizado, é automatizado
Na verdade, a máxima que parece prevalecer nas empresas é que tudo o que pode ser automatizado deve ser automatizado. Isso explica o crescimento exponencial esperado para os próximos anos: de acordo com dados da Zion Market Research, os investimentos no mercado de hiperautomação (ou seja, a combinação orquestrada de RPA, inteligência artificial e outras tecnologias para impulsionar a automação de processos em escala em toda a organização) foram de cerca de US$ 9 bilhões em 2021 e devem quase triplicar nos próximos sete anos: chegará a US$ 26,5 bilhões até 2028. Se somarmos a isso todas as tecnologias laterais que permitem que isso aconteça, o número começa a ficar em torno de US$ 500 bilhões, segundo estimativas da consultoria de mercado Gartner.
O próprio Gartner – que considerou esse conceito como uma das dez principais tendências tecnológicas para este 2022 – define esse conceito como “uma abordagem disciplinada e orientada aos negócios que as organizações usam para identificar, examinar e automatizar rapidamente o maior número possível de processos de negócios e TI”.
Passo a passo
Não existe um botão de automação de processos no nível organizacional: para alcançá-lo, é necessário passar por um processo estratégico, que atravessa toda a organização, e que requer um processo de análise criterioso para identificar as diferentes oportunidades de automação que existem em cada área, priorizá-las de acordo com a importância que têm para o negócio e avaliar como elas se integrariam ao cenário existente.
Na hora de escolher qual projeto iniciar, muitas empresas optam por um projeto simples e de alto valor agregado. Dessa forma, eles alcançam resultados rapidamente e alavancam as seguintes iniciativas nesse sucesso inicial.
Melhoria contínua
Também não é um projeto com começo e fim: é um ciclo de melhoria contínua que sempre apresenta novas oportunidades e que deve se adaptar às mudanças que ocorrem no negócio. Outro desafio é identificar se alguma das automações existentes pode ser reutilizada em outra área da organização.
Quais benefícios a automação em escala oferece? Uma otimização absoluta de processos e custos e, novamente citando o Gartner, um melhor resultado de negócios: a consultoria estima que as organizações mais preparadas nessa área superarão em 20% em 20% as métricas de experiência do cliente de seus concorrentes.
A automação é essencial para aumentar a eficiência e reduzir custos. A automação em escala é fundamental para ser mais competitivo e vencer nesse novo cenário de negócios tão complexo e mutável.